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MASK GIRL: CRITICA SOCIAL, VINGÂNCIA OU MISTURA SEM SENTIDO?

Foto do escritor: Jéssica CarolineJéssica Caroline


A HISTÓRIA


Kim Momi sempre sonhou em ser amada pelas pessoas. Desde criança ela sempre gostou de estar nos holofotes, mas conforme foi crescendo, sua aparência foi mudando, ela foi sendo considerada “feia” e consequentemente, seu sonho foi por água abaixo.


Kim Momi então se torna Areum, uma funcionária comum durante o dia, mas a noite ela coloca sua máscara, veste roupas chamativas e se torna a Mask Girl, uma figura misteriosa que faz apresentações exibicionistas nas redes sociais, mas nunca mostra o rosto.



A vida de Kim Momi, porém, toma um rumo inesperado quando ela se envolve em um assassinato. E é quando Joo Ohnam cruza seu caminho. Ohnam trabalha na mesma empresa de Momi e acaba descobrindo que ela é a Mask Girl, a mulher dos seus sonhos.


Ohnam então ajuda Momi a encobrir a morte acidental, porém, sua paixão doentia pela colega de trabalho acaba fazendo com que Ohnam também perca a vida. É quando sua mãe entra em cena. Ao saber da morte do filho, Kim Kyungja vai dedicar sua vida unicamente a se vingar da Mask Girl, a culpada pelo crime.



Essa vingança envolverá a vida de várias pessoas que cruzam o caminho de Momi em uma história que se arrasta por mais de 10 anos e que trará consequências fatais para muitos envolvidos. Inclusive Momi e Kim Kyungja.


OBS.: A PARTIR DAQUI O TEXTO CONTÉM SPOILERS


PERSONAGENS


KIM MOMI / AREUM

Momi cresceu sendo rechaçada e humilhada pela sua aparência. Ela tentou se contentar em ser uma pessoa “normal”, mas seu sonho de ser o centro das atenções nunca se perdeu definitivamente. E ela satisfez esse seu desejo através da personagem Mask Girl. A necessidade desesperada de ser amada, faz com que ela acredite em algumas pessoas em certos momentos, para no fim das contas acabar decepcionada. É em uma dessas situações que ela se envolve no primeiro assassinato da trama.



A história não mostra sua vida por completo, mas apenas momentos chaves que determinam os rumos que ela irá tomar adiante e é apenas a partir deles que podemos definir de alguma forma sua personalidade e forma de pensar.


Essas frustrações levam Momi a tomar diferentes decisões sobre o rumo de sua vida. Primeiro, após os dois assassinatos, como já citado, ela resolve recomeçar após as cirurgias, acreditando que a nova identidade permitirá a ela realizar seus sonhos. Depois, quando a terceira pessoa próxima a ela morre, Momi decide se entregar, talvez após perceber que não conseguiria fugir de seu destino.



Por fim, na fase final de sua vida, depois de viver silenciosamente na prisão, tentando não trazer mais problemas para as pessoas do lado de fora, ela vê a necessidade de ser forte, como nunca antes, para salvar a vida de quem ama e talvez ela tenha encontrado finalmente um sentido para sua vida.


JOO OHNAM E KIM KYUNGJA

Ohnam (Ahn Jae Hong) é um personagem que aparece apenas no início da história, mas ele é um dos personagens cuja participação é decisiva na vida de Momi. Se Ohnam não tivesse ajudado Momi a encobrir o primeiro crime, talvez o rumo de sua vida fosse completamente diferente.



Ohnam cresceu sofrendo bullying por conta de sua aparência. Suas experiências ruins o fizeram moldar a mente e a personalidade para agir como alguém completamente invisível, o oposto de Momi que ainda sonhava em ser amada como acreditava merecer. Além disso, seus conflitos internos ficavam ainda maiores por conta de sua mãe, Kim Kyungja (Yeom Hye Ran), o que foi se agravando conforme Ohnam crescia.


Kyungja foi uma mulher que nunca mediu esforços para criar o filho. Após ser abandonada pelo marido, ela trabalhou em todo tipo de emprego possível e mesmo quando as coisas pareciam impossíveis ela dava a volta por cima, buscando forças no filho que ainda tinha que criar.



Quando seu filho morre, Kyungja tira de algum lugar de sua mente a certeza de que ela precisa fazer justiça com as próprias mãos e Deus está ao seu lado e vai ajudá-la a alcançar seu objetivo. Sendo assim, a única coisa que a mantém viva.


KIM CHUNAE

Kim Chunae (Han Jae Yi) é outra personagem, que assim como Ohnam, aparece apenas por dois episódios, mas influencia profundamente as decisões de Momi.


Assim como Momi, Chunae estava atrás de um novo recomeço depois de ganhar um rosto novo e é esse passado em comum que une as duas mulheres. Desde criança ela sempre foi esforçada, porém inocente. Conhecemos um retrato específico em sua vida quando ela se apaixona pelo colega de escola Buyong, um aproveitador.


Buyong e Chunae naturalmente, seguem caminhos distintos conforme crescem, ele se torna um idol famoso e ela continua tentando se sustentar. Porém, quando a carreira de Buyong é destruída por um segredo que a própria Chunae revela, ela se sente culpada pelo que fez e traz Buyong de volta para sua vida: um erro que ela nunca deveria ter cometido.



Buyong continua o mesmo aproveitador de sempre e inferniza a vida de Chunae, dessa vez chegando perto de matá-la. Mas agora Chunae tem a melor amiga Momi e, juntas, elas acreditam que poderão recomeçar mais uma vez. Porém, a perca de Chunae, mudará completamente os planos que Momi tem para seu futuro.


OPINIÃO SINCERA


TROCA DE ATRIZES

Colocar três atrizes diferentes para fazer o mesmo papel é algo extremamente arriscado, ainda mais quando feito dentro de uma história com apenas 7 episódios, com grandes pulos temporais e sem muito aprofundamento.



Na minha opinião a transição de Lee Han Byeol para a Nana no papel de Kim Momi foi uma boa escolha. Nana consegue expressar bem o estado de espírito de Momi naquele momento da história, uma mulher bela por fora, mas completamente destruída por dentro.



Nessa fase, Momi não teme mais, ela já passou por todo tipo de provação possível, que nada mais a atinge, especialmente depois de perder a amiga Kim Chunae. Porém a terceira e última fase de Momi me incomodou um pouco.


Nessa terceira fase, quem assume o papel de Momi é a atriz veterana Go Hyun Jung, eu gosto muito dessa atriz, mas para mim ela quebrou completamente a sequência das coisas. Eu não sei se foi a escolha da atriz ou as mudanças da personagem, mas a terceira fase de Momi segue um rumo sem sentido da pretensão inicial.


Essa nova Momi segue vivendo sua vida reclusa, até sentir que sua filha está correndo perigo e pela primeira vez na vida sente que precisa sair da inércia ou perderá seu bem mais precioso. Até aí tudo bem, mas depois que Momi se converte é que as coisas ficam realmente estranhas.



Go Hyun Jung como uma Momi convertida e arrependida de seus pecados foi horrível para mim, e se antes eu queria que a história terminasse rápido, a partir daí eu quis acelerar mais ainda.


AFINAL, QUAL FOI O SENTIDO FINAL DA HISTÓRIA?

Mask Girl começa com uma crítica social sobre padrões de beleza. Aquilo que a sociedade considera bonito merece atenção, respeito e consideração. Aquilo que a sociedade considera feio, é maltratado e ignorado. Assim a sociedade e dividida e Momi sente na pele como isso acontece, assim como Ohnam.



O problema é que repentinamente a protagonista que até então enfrentava apenas questões quanto a sua aparência, se envolve em dois crimes, despertando a sede de vingança de uma mãe super-protetora.


A história então é alimentada pela necessidade desesperada de vingança de Kyungja, que parece destinada a não poder descansar em paz enquanto não cumprir sua missão. Kyungja então faz de um tudo para alcançar o seu objetivo. Tornando-se alguém, que ela não percebe, mas muito pior do que a mulher que ela tanto odeia por ter matado seu filho.


Depois disso acompanhamos um pouco da vida de Mimo, sofrendo as consequências do passado da mãe. E por fim, finalizamos com uma Momi convertida a Deus que fará qualquer coisa para proteger a filha que está correndo perigo.


Várias histórias que parecem não se encerrar e cujos objetivos ficam perdidos no meio do caminho. Para conseguir terminar de assistir todo o drama é necessário interpretá-lo como histórias diferentes (pelo menos foi isso que eu fiz). A cada mudança de tempo, o tipo de história muda e não necessariamente o momento anterior possui uma finalização descente.



Por fim, percebe-se que a Netflix tem trabalhado cada vez mais para fazer conteúdos originais. Em alguns momentos ela tem acertado, outros, errado gravemente. E alguns casos como Mask Girl que simplesmente ficamos sem saber aonde encaixar.


Conteúdo exclusivo.

Não retirar sem dos devidos créditos!

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