Rebranding no K-pop: O que acontece quando grupos deixam suas empresas e precisam reconstruir sua identidade
- Rami
- 17 de abr.
- 3 min de leitura

A identidade como marca no K-pop
No K-pop, a identidade de um grupo vai muito além da música. Trata-se de uma marca cuidadosamente construída ao longo dos anos, envolvendo estética, narrativa e conceito. Quando artistas decidem deixar suas empresas, muitas vezes precisam passar por um processo de rebranding — algo que pode trazer desafios, mas também oportunidades de crescimento e reinvenção.
O caso NewJeans e o nome NJZ
Um exemplo recente dessa transição foi o caso do NewJeans, que chegou a ser associado ao nome NJZ. A mudança aconteceu em meio a uma disputa pública com Min Hee-jin, CEO da ADOR. Por um tempo, surgiram especulações de que as integrantes poderiam seguir sob outro nome. No entanto, com a vitória da ADOR no processo judicial, o grupo continua sob a gravadora e mantém o nome original. O nome NJZ não será mais utilizado, e por enquanto, a identidade do NewJeans permanece intacta. Essa situação reacendeu o debate sobre rebranding no K-pop e como grupos podem ou não se reinventar fora das grandes empresas.
O impacto do branding no K-pop
A discussão sobre o caso do NewJeans trouxe à tona outras situações parecidas vividas por grupos como Highlight (ex-Beast) e GOT7. Cada um enfrentou o desafio do rebranding de maneiras distintas, mostrando que não há um caminho único para lidar com essas mudanças.
Highlight (ex-Beast): rebranding completo
Em 2016, o grupo Beast deixou a Cube Entertainment, mas não pôde manter os direitos sobre o nome original. Para continuar suas atividades, os integrantes criaram sua própria agência, a Around US Entertainment, e adotaram o nome Highlight. Essa mudança de identidade trouxe uma nova fase para o grupo, com um conceito mais leve e otimista — diferente da sonoridade melancólica que os marcou no passado. Apesar do desafio, conseguiram manter sua base de fãs e seguir com lançamentos bem-sucedidos.
GOT7: independência sem rebranding
Já o GOT7 viveu uma situação diferente. Quando os sete integrantes deixaram a JYP Entertainment em 2021, conseguiram um feito raro: mantiveram os direitos sobre o nome do grupo. Isso permitiu que continuassem promovendo atividades como GOT7, mesmo com cada integrante seguindo carreira solo em diferentes empresas. Essa liberdade trouxe desafios na coordenação de agendas e lançamentos, mas também deu espaço para que cada um explorasse sua identidade artística com mais autonomia. Desde então, o grupo já lançou novas músicas em conjunto, mostrando que a independência pode ser positiva quando bem administrada.

Rebranding: desafios e oportunidades
Grupos que enfrentam o rebranding ou se tornam independentes lidam com diversos obstáculos, como a necessidade de reconstruir sua identidade visual e conceitual, além de reorganizar toda a estrutura de trabalho. No entanto, essa transição também pode significar uma chance de crescimento artístico e maior controle sobre a própria carreira. Longe das restrições das grandes empresas, artistas têm mais liberdade para experimentar novos conceitos e definir seus próprios caminhos.
Casos como os de Highlight e GOT7 mostram que mudanças não precisam significar o fim de uma trajetória — podem ser o começo de uma nova fase. Em uma indústria como o K-pop, onde a inovação é constante, a capacidade de se reinventar pode ser o que mantém um grupo relevante. O futuro de nomes como NewJeans ainda pode trazer muitas surpresas, mas uma coisa é certa: no K-pop, saber se adaptar é essencial para continuar conquistando o público.
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