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Essa semana, muito se falou de mais outra celebridade coreana que nos surpreende com uma família formada. O ator que estrelou Vicenzo, Song Joong -Ki, está casado com a britânica Katy Louise Saunders, que está esperando seu bebê. Nesta notícia que por si só é uma grande surpresa por até então solteiro estava o ator, mas também a diferença de nacionalidade dos noivos e por conseguinte seu filho, que ainda nem nasceu. A família chamada de "multicultural" já anunciou o uso de um benefício oferecido pelo país Sul coreano, mas, a não ser que talvez você seja o filho de um astro na Coreia, ser mestiço nesse país nem sempre significa ser beneficiado.
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A família Joong -Ki, tomou uma decisão que permite que eles recebam benefícios nos programas vinculados à Lei de Apoio às Famílias Multiculturais da Coreia do Sul. Esse benefício permite que as crianças dessas famílias possam se inscrever e entrar em escolas internacionais sem muitas restrições. Os cidadãos coreanos devem completar legalmente pelo menos 3 anos de educação no exterior para se inscrever nas escolas, mas os filhos de famílias multiculturais estão isentos dessa regra.
Mas a realidade é que em um país com um rígido sistema de registro familiar, uma sociedade tradicionalmente fechada e uma história de líderes que falam do orgulho do puro sangue coreano, crianças mestiças costumam dizer que se encontram perdidas nesse sistema. Cerca de 17,5% das crianças mestiças na Coreia do Sul abandonam a escola durante o ensino médio por causa do bullying e discriminação. Em comparação, 1,1% de todos os alunos desistem durante os anos do ensino médio, dizem pesquisas.
Tradicionalmente, crianças mestiças nasciam de militares americanos e mulheres sul-coreanas. Aqueles que permaneceram no país muitas vezes foram criados por mães solteiras depois que o pai voltou para seu país de origem. Suas famílias sul-coreanas muitas vezes desprezavam a mãe por ser solteira e seu filho por ser mestiço.
A medida em que a Coréia do Sul se aproxima de multiculturas pela globalização e se afasta da homogeneidade e se tornar mais multiétnica, mais e mais coreanos serão apresentados à famílias multiculturais no país. Isso, por sua vez, fará com que os coreanos mestiços pareçam menos uma anomalia. “Raça mista” também ainda é um fenômeno relativamente novo na Coreia do Sul, então vai levar mais algum tempo até que os coreanos de raça mista sejam totalmente aceitos e assimilados na sociedade coreana. No entanto, isso não significa que não chegará o dia em que eles serão vistos e tratados da mesma forma que qualquer outro coreano.
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