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Foto do escritorJéssica Caroline

O Mar da Tranquilidade: Bae Doona, Gong Yoo, Galileu e Apollo 11



Eu sei que você veio aqui para saber sobre a nova produção da Netflix, mas antes vamos entender um pouquinho os elementos que compõem a série? Se sua resposta for sim, embarque com a gente nessa viagem lunar.


Os mares lunares


Todo mundo, ao menos uma vez na vida parou para olhar a lua, especialmente nas noites em que ela está cheia e já deve ter percebido que ela apresenta “manchas” em sua superfície, o motivo disso são os relevos que esse satélite natural possui. As partes mais altas e antigas, com tonalidade mais clara, são os “continentes lunares”; as partes mais escuras são mais recentes e mais baixas, oriundas de processos de vulcanismo lunar, esses são os chamados “mares lunares”;


Os “mares lunares” são superfícies planas, lisas e escuras em decorrência de sua formação que reflete menos a luz, e receberam esse nome de pesquisadores lunares do século XVII, com destaque para Galileu Galilei, o pai da astronomia observacional que inventou o telescópio, pois, naquela época, acreditavam que a lua era como a terra, com continentes e oceanos.


Apollo 11 – a primeira viagem do homem à lua:


Já deu para perceber que a lua tem vários “mares”, dentre eles, nós temos O “Mar de Umidade”, o “Mar das Crises”, o “Mar da Serenidade” e, obviamente, O “Mar da Tranquilidade”.


Esse último ficou famoso, em especial, por que foi o ponto de pouso do módulo Eagle, que levou os três norte-americanos Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins a lua pela primeira vez na missão intitulada Apollo 11, que partiu da Terra no dia 16 de julho de 1969 e chegou à lua quatro dias depois, dia 20 de julho do mesmo ano, consagrando os EUA na corrida especial. O local foi escolhido justamente por ser uma região relativamente plana.


Quem nunca ouviu a frase “Um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade” de Armstrong, não é mesmo?


Mas agora que a gente já viajou pela história, vamos conhecer a produção da Netflix, e se você ficou curioso para ler mais sobre a lua, ao final do nosso texto estão todas as referências que usamos.


O Mar da Tranquilidade: série da Netflix


A nova aposta da Netflix pode até ser classificada como ficção científica, mas bem que podia ser terror, por que o tanto de problema que a azarada equipe de astronautas enfrenta para cumprir sua missão na lua, não é para qualquer um, pois o que parecia uma simples missão de 24 horas para resgatar uma amostra desconhecida que está perdida em uma base lunar desativada, se torna uma verdadeira luta contra a sobrevivência.


O Mar da Tranquilidade ou The Silent Sea originalmente, tem 8 episódios e estrou no último dia 24 de dezembro na Netflix, mas também pode ser encontrado em Fansubs. A história com episódios que variam entre 35 e 50 minutos acompanha um grupo de astronautas reunidos com a missão de chegar até a Base Balhae, na lua e recuperar uma amostra de algo que eles não sabem o que é.



O mundo em que eles vivem está definitivamente a beira do fim: a água é racionada num esquema de cartões de acordo com as classes sociais das pessoas gerando grandes filas que se formam todos os dias nos postos de coleta, o que gera protestos por uma distribuição mais igualitária; e o índice de mortalidade é extremamente alto devido a péssima qualidade da água, o que acaba afetando especialmente as crianças que nascem com deficiências e dificilmente sobrevivem.


Obviamente na tentativa de conseguir uma classe melhor, para uma melhor qualidade da água, é que o grupo embarca nessa missão, especialmente o Capitão Han Yunjae (Gong Yoo, o eterno Goblin). Mas além dele, estão a Dra. Song Jian (Bae Doona, de Kingdom) uma ex-astrobióloga, que se tornou etóloga; a médica Hong Sunyoung (Kim Sunyoung de Her Private Life); além de dois pilotos; alguns astronautas e engenheiros.


A Estação Balhae era uma base de pesquisa lunar liderada pela doutora Song Wonkyung, a irmã mais velha da Dra. Song e é por isso que ela aceita participar da missão, para descobrir o que aconteceu 5 anos atrás, que resultou na morte de todos os moradores da estação à época, inclusive de sua irmã.


A viagem, porém, está fadada ao fracasso desde o início, pois a aterrisagem não dá certo, eles perdem a nave e um dos integrantes da equipe morre antes mesmo de chegar à base. E quando chegam a estação, conforme vão investigando o local, começam a perceber que as coisas não aconteceram muito bem do jeito que o governo informou, afinal o que se sabe é que a estação foi fechada por um vazamento radioativo e todos consequentemente morreram desse fator, mas ao chegarem lá, todos os corpos que encontram apresentam sinal de afogamento.



Esse mistério, obviamente, desperta a atenção da Dra. Song, que se vê ainda mais instigada a buscar os segredos do local coordenado pela sua irmã. E é assim que a equipe chega a água lunar, um tipo de água que se multiplica infinitamente em um organismo vivo, inclusive em seres humanos que acabam morrendo afogados de dentro para fora em decorrência da multiplicação descontrolada. Com a água lunar, o que parecia uma solução milagrosa, é na verdade um pesadelo e exatamente para solucioná-lo que a irmã da Dra. Song estava trabalhando através de experimentos nada convencionais.


Enquanto esses fatos vão sendo descobertos ao longo da história contada em uma única sequência, brevemente intercalada por momentos que nos contextualizam os fatos, os protagonistas um a um vão morrendo – a tripulação que começou com 11, não termina nem com 1/3 –, seja pelo contato com a água lunar, seja por uma misteriosa criatura que percorre os dutos da nave ou entre eles mesmos por questões pessoais, o que garante boa parte do suspense da história.


A figura misteriosa que se esconde na nave, em especial, cujo nome é Luna, é peça fundamental para se entender as pesquisas que estavam sendo feitas na estação, além disso pode representar a chave para a solução do problema da água lunar. Por fim, os conflitos que começam a se levantar entre eles giram em torno não apenas de dinheiro, mas também do que alguns presenciaram anos atrás na estação, fique atento à Ryu Taesuk (Lee Joon, que atualmente está em Bulgasal: Immortal Souls) o tenente que viu de perto o fim trágico que as pessoas da estação tiveram quando ela foi fechada e o que elas faziam sobre o pretexto de que tudo era feito em nome do progresso e para salvar a humanidade.



E o que podemos esperar do final?


Apesar da série entregar boa parte do suspense ao longo dos episódios, deixando pouca coisa para o final, sua obra completa é bem satisfatória e agrada àqueles que gostam do gênero (como eu), além do mais os acontecimentos finais deixam chances para uma 2ª temporada o que nos permitiria ver a luta da Dra. Song para proteger os segredos que descobriu enquanto busca uma solução para a falta de água no planeta em meio a uma guerra pelo domínio da água, que dá indícios de já existir nessa 1ª temporada.




Fontes: 1, 2, 3 e 4.

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