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My Country: The New Age – a queda de Goryeo e a ascensão de Joseon

Foto do escritor: Jéssica CarolineJéssica Caroline


My Country: The New Age é um drama coreano de 2019 disponível na Netflix de 16 episódios que variam entre 70-80 minutos produzido pela JTBC.


A história acompanha a vida dos amigos Seo Hwi e Nam Seonho em um momento decisivo da história coreana. Interpretados respectivamente por Yang Sejong, de Dr. Romantic e Woo Dohwan, de The King: Eternal Monarch.


Seo Hwi é um ferreiro que vive com a irmã caçula Yeon (Cho Yihyun). Seu pai, que era um oficial do exército foi condenado injustamente por roubar ração para dar a famílias pobres, por conta disso, Hwi cresceu sozinho com a irmã, além disso ambos sempre foram estigmatizados pela condenação do pai.


Nam Seonho, é o melhor amigo de Hwi, ambos cresceram juntos apesar das diferenças de classe. Seonho é filho de um ministro do governo, mas se engana quem pensa que sua vida é fácil. Seu pai é um homem extremamente duro e cruel e ele também cresceu sobre o estigma de ser bastardo, porque sua mãe era uma escrava.



O laço desses dois amigos, porém, irá passar por muitas provações. Começando pelo exame militar para o qual ambos se escrevem: no fim, quando precisam se enfrentar, Hwi acaba sendo injustiçado e Seonho aprovado, por conta da posição do seu pai.


É a partir daí que o caminho dos dois amigos se divide. Seonho, por influência do pai, assume um cargo próximo ao general Yi Seonggye (Kim Yeongcheol), um homem importante que tem um dos papéis principais no destino do país a época.


Já Hwi é enviado para a frente de batalha para morrer, mas contra todas as expectativas, Hwi sobrevive e retorna com mais três amigos: Park Chido, Munbok e Jung Beon.


My Country é uma história que encaixa personagens fictícios em um momento real da história sul coreana, e esse momento é a queda da Dinastia Goryeo e a ascensão da Dinastia Joseon.


A Dinastia Goryeo foi de 918 até 1392, até sua derrubada pelo general Yi Seonggye, que se tornou o primeiro rei da Dinastia Joseon, sob a nomenclatura de Rei Taejo, com muita estratégia e por um alto preço pago pelas vidas perdidas. Foi com a nova Dinastia que o confucionismo deu lugar ao budismo na Coreia.



Outra figura real que aparece na série é Yi Bangwon (Jang Hyuk, de Voice), um personagem que não é um dos protagonistas, mas tem um papel importante tanto na produção quanto na história. Ele foi o quinto filho do general Yi Seonggye, mais tarde rei, e foi peça fundamental na ascensão de Joseon.


Segundo a história é um homem inteligente, frio e perverso responsável pela morte de figuras importantes e de alguns de seus próprios irmãos, sem contar as vidas que tirou nos campos de batalha.


Na série, porém, há um pouco mais do que isso, o personagem em alguns momentos tem uma pitada de bondade e boas ações, além disso sempre aparece carregado de um cinismo que o torna cativante – ouso dizer. Seu desejo sempre foi se tornar rei, e no fim, ele alcança esse objetivo, se tornando o terceiro rei da Dinastia Joseon. A série acompanha até esse momento da história.


Hwi, nosso protagonista, acaba se aliando a Bangwon ao longo da história, enquanto seu amigo, Seongho, apesar de ter seus próprios objetivos, se alia contra os inimigos de Bangwon, ao longo das várias batalhas que os dois enfrentam nos anos que se seguem.


Curiosidade: O ator Jang Hyuk, em My Country, interpreta o príncipe Bangwon pela segunda vez em sua carreira. A primeira, foi no filme de 2015 Ascensão e Queda de Um Império (disponível no Telecine).



O romance fica por conta de Hwi Huijae (Kim Seolhyun, do AOA), uma jovem ousada e esperta que no passado foi salva pelo pai de Hwi. Ela é criada em Ihwaru, uma casa kisaeng sobre os cuidados de Han Seol, a dona da casa e mais tarde, é ela quem assume a liderança do lugar.


Apesar de não prejudicar em nada a história e nos render algumas cenas doces e fofas, o romance poderia ser dispensado, pois não é o foco nem tem qualquer relevância nos acontecimentos decisivos da historia. O centro da trama gira mesmo em torno da amizade de Hwi e Seonho, que no fim das contas acabam lutando do mesmo lado, reforçando o laço inquebrável entre eles.



Além de uma boa história, a produção do drama é impecável. Os cenários são ricos, o figurino e a maquiagem são bem detalhados e a história é recheada de cenas de luta muito bem ensaiadas, com destaque para as cenas do campo de batalha no início da história, muito bem-produzidas, permitindo que quem assista tenha a mesma sensação de desorientação e desespero que o protagonista está sentindo naquele lugar.


Para o final, não espere por uma história feliz, afinal, produções baseadas em histórias reais tendem a ter finais tristes, mas mesmo sabendo desse fato, a produção é ótima para quem gosta de história, com muitas cenas de luta.



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