AVISO DE GATILHO: SUICÍDIO
Nos dias 4 e 5 de fevereiro, foi revelado que duas celebridades coreanas cometeram suicídio após constantes ataques de ódio.
O jogador profissional de vôlei Kim In Hyuk (27 anos) foi encontrado morto na sexta feira em sua casa pela polícia. Kim já havia desabafado sobre os danos psicológicos do ódio que sofria nas redes sociais sobre sua aparência, bem como rumores sobre sua sexualidade desde o ano passado. Ele escreveu: "Achei melhor ignorar os mal-entendidos de uma década ao meu redor, mas estou cansado disso. Por favor, pare. Os haters me assediaram por anos - não aguento mais."
A streamer feminina Jammi (Cho Jang Mi de 27 anos) morreu em algum momento no final de janeiro de 2022. Seu tio revelou no sábado (05/02) que ela cometeu suicídio após lutar contra depressão grave e ataques de ódio. Jammi se tornou alvo de extremistas masculinos e antifeministas quando, em julho de 2019, ela tentou recriar um meme que já havia se tornado viral e após isso sofreu com difersos ataques por causa de rumores falsos sobre ser feminista radical. Os ataques não causaram apenas a morte de Jammi, mas a de sua mãe também.
De acordo com a lei da rede de informações, haters podem estar sujeitos a até três anos de prisão ou multas de até 30 milhões de won (cerca de R$ 25 mil reais) por difamação.
Segundo um relatório policial obtido pelo legislador do Partido Democrata da Coreia, em outubro passado, mais de 75.000 casos de difamação cibernética foram relatados nos últimos cinco anos. Apenas 69,3% dos casos relatados resultaram em prisões, entre os quais apenas 0,06%, ou 43 pessoas, foram detidas.
As trágicas mortes continuam a aumentar a conscientização dos coreanos, alguns iniciaram uma petição online no site do governo coreano para levar os haters a "enfrentar seus erros no tribunal”.
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