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  • Foto do escritorMaria Sversia

Militares da Coreia do Sul consideram proibição de iphones


Os militares da Coreia do Sul estão considerando uma proibição abrangente do uso de iPhones em edifícios militares devido a preocupações crescentes sobre vazamentos de informações confidenciais por meio de gravações de voz. Segundo fontes militares que falaram ao The Korea Herald, o quartel-general da Aeronáutica emitiu um comunicado em 11 de abril, informando que dispositivos que não permitem controle de aplicativos de terceiros sobre funções embutidas, como iPhones, seriam proibidos a partir de 1º de junho.


A medida foi tomada após reuniões conjuntas entre os quartéis-generais do Exército, Marinha e Força Aérea, localizados em Gyeryongdae, na província de Chungcheong do Sul. O objetivo é garantir a segurança das instalações militares, evitando vazamentos de informações sensíveis. O documento divulgado pelo quartel-general menciona que a proibição pode ser estendida para todas as unidades subordinadas no país, abrangendo cerca de 500 mil militares.


A principal razão para a proibição de iPhones é que esses dispositivos não permitem que aplicativos de terceiros controlem funções importantes, como câmera, Wi-Fi e microfone. Em contrapartida, smartphones baseados em Android, especialmente os da Samsung Electronics, estão isentos da proibição porque permitem esse tipo de controle.


A Comissão Nacional de Direitos Humanos da Coreia expressou preocupações sobre a restrição, afirmando que obrigar todos os militares a instalar um aplicativo de segurança pode ser excessivamente restritivo em termos de direitos humanos. A comissão recomendou ao Ministério da Defesa limitar a obrigatoriedade da instalação do aplicativo a áreas críticas.


Esta medida reflete um esforço contínuo dos militares para aumentar a segurança em suas instalações, especialmente em locais como Gyeryongdae, onde estão sediados os quartéis-generais do Exército, Marinha e Força Aérea. Mesmo após a permissão do uso de smartphones em prédios militares em 2020, os usuários de iPhone continuavam a ter que deixar seus dispositivos na entrada, enquanto os usuários de Android podiam usá-los com restrições.


A discussão em torno desta proibição também levanta questões sobre a segurança das informações militares e a privacidade dos militares. A SK Telecom, principal operadora de telecomunicações da Coreia do Sul, lançou um recurso de gravação de chamadas para iPhones através do aplicativo A-Dot, aumentando a preocupação com a possibilidade de vazamentos de informações confidenciais. Embora gravar chamadas seja legal na Coreia, a violação da privacidade pode resultar em punições legais, alimentando o debate entre segurança e direitos individuais.


Fontes: 1 | 2 | 3


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