Light Shop: Mistério, Fantasia e o Espaço Entre a Vida e a Morte
- Jéssica Caroline
- 10 de abr.
- 3 min de leitura

Quando soube do lançamento de Light Shop fiquei bastante empolgada com a notícia. Afinal eu havia assistido Moving, que por inúmeros motivos se tornara meu drama preferido de 2023. E a divulgação que uma nova história do mesmo criador, ia ser lançada, foi mais do que suficiente para me fazer criar expectativas.
E o bom, foi que essas expectativas foram atendidas. Com uma história a princípio com toques de terror, Kang Full fala sobre vida a morte e sobre esse espaço nebuloso entre esses dois extremos, ao mesmo tempo nos faz pensar sobre escolhas e laços que criamos.
Assim como em Moving, a fantasia é usada para contar histórias sutis sobre várias formas de amor e sacrifícios. Se naquela história tínhamos super-heróis, aqui temos o que podemos classificar como fantasmas? O inconsciente humano?

A questão é que, Light Shop busca chegar no âmago das intricadas relações entre os personagens, conforme vamos descobrindo suas verdades histórias.
Começando pelo misterioso encontro entre a assustadora Lee Jiyoung (Kim Seolhyun) que se senta em um banco no mesmo ponto de ônibus todas as noites até Kim Hyunmin (Um Taegoo) – a única pessoa que presta atenção em Jiyoung toda vez que desce no ponto em que ela está – a convidar para sua casa. A noite chuvosa, pouco iluminada e com barulhos altos de trovões em momentos estratégicos dá um ar de filme de terror, mas nos cativa com uma reviravolta inesperada.
Passando pelas suas vizinhas, a mãe e a filha (vividas pelas atraizes Lee Jungeun e Shin Eunsoo, respectivamente). Elas se amam e possuem um vínculo muito forte, mas parece haver algo entre elas que é bonito, mas parece precisar ser quebrado. Ao mesmo tempo que parecem ligadas também ao enigmático dono da loja de lâmpadas, o Jung Wonyoung, vivido pelo aotr Joo Jihoon, que acaba se tornando um “amigo” do detetive interpretado pelo ator Bar Sungwoo.
Até as experiências perturbadoras que a personagem Yoon Sunhae (Kim Minha) enfrenta quando se muda para uma nova casa, na silenciosa rua onde também fica a loja de lâmpadas.

“Light Shop” tem uma sacada inteligente ao misturar mistério e suspense, beirando o terror para revelar a humanidade de seus personagens. Partindo desse ponto cinzento da existência humana – o espaço entre vida e morte – os criadores do drama criam uma realidade própria, onde não há “regras” e “limites” a serem respeitados, tendo em vista “onde” os personagens estão.
Destaque também para Park Boyoung, mas uma vez vivendo uma enfermeira de UTI, um lugar onde ela também já esteve como paciente, por isso tem empatia por todos que passam por aquele lugar.

A finalização do drama também é muito inteligente. Além de deixar espaço para uma próxima temporada, alimenta a esperança dos fãs de que as duas histórias (“Moving” e “Light Shop”) estejam interligadas. O único problema, talvez seja, que não conseguimos nos conectar com os personagens tão bem.
Opinião pessoal, 7 personagens interligados por um único momento em comum, exigindo no mínimo uma introdução para explicar como cada um deles chegou até aquele ponto exato, talvez tenha sido muita coisa para colocar em 8 episódios.
Mas (torço por isso) com um pouco de paciência seremos recompensados na próxima temporada de “Moving” ou, até mesmo, quem sabe, numa segunda temporada de “Light Shop”.
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