Alerta: contém spoilers.
DICA: se você ainda não assistiu, ou já assistiu esse drama, mas ficou confuso, preste atenção nas cores das cenas: o presente sempre apresenta cores mais quentes e abusa dos tons pasteis; já o futuro usa tons mais frios, como o azul e o cinza.
Agora vamos para a história!
Kairos, segundo a mitologia grega, era o deus do tempo, mais precisamente do tempo oportuno. Ele simbolizava a instantaneidade do tempo, que só pode ser pego quando vem em nossa direção, por que quando passa, já não há mais como agarra-lo.
Por essa explicação, já da para entender o fundamento da série que acompanha a jovem Han Aeri (Lee Seyoung) e o diretor de uma empresa de construção, Kim Seojin (Shin Sungrok).
Eles não se conhecem, até que Aeri perde seu celular e ao tentar resgatá-lo acaba ligando para Seojin, o novo dono do seu número. O problema é que Seojin está 31 dias a sua frente e numa situação nada feliz de sua vida: sua filha foi sequestrada e sua mulher comete suicídio. Por isso ele se agarra a seu encontro inesperado com a Aeri do passado para evitar o fim trágico de sua família.
Aeri, inicialmente não acredita, mas acaba concordando. Em troca disso, ela pede a Seojin que encontre sua mãe que desapareceu. É a partir daí que começamos a acompanhar a história em dois tempos, a história de Aeri do presente, e de Seojin do futuro.
Os dois passam a se comunicar todos os dias, pontualmente as 22:33 (um horário, que ao longo da história descobrimos sua importância). Através dessas conversas que duram apenas um minuto e das mensagens que eles trocam, mas que só chegam também as 22:33 é que Aeri arma um plano com seus dois amigos (Geomwook e Sujeong) para evitar o sequestro.
Essa é só a primeira reviravolta da história. Como Aeri muda o passado, o futuro toma um novo rumo e o Seojin com quem ela conversava, já não a conhece mais e pensa que na verdade é ela quem está tentando sequestrar a sua filha.
Mas o perigo que ronda a família de Seojin é bem maior e está mais perto do que ele pode imaginar, o que faz com que Seojin precise mais uma vez da ajuda de Aeri, que acaba colocando sua vida várias vezes em perigo para ajudá-lo.
Paralelo a essa história, acompanhamos os segredos dos personagens secundários que também acabam influenciando na luta de Aeri e Seojin.
Começando pela esposa de Seojin: Hyunchae (Nam Gyuri), a bela violinista que esconde seu passado, e não gosta de ninguém além de si mesma. Nem mesmo de seu amante, Seo Dokyun (Ahn Bohyun), o braço direito de seu marido na construtora.
Dokyun, que na verdade é apenas um fantoche usado por Hyunchae, e mesmo sabendo que vai ser dispensado, luta para salvar a amada.
Lee Taekgyu (Cho Dongin), o secretário pessoal de Seojin que mais parece um anjo da morte com aquela roupa preta (se você já assistiu, vai concordar comigo), que aceita fazer qualquer coisa por dinheiro.
E Yoo Seoil (Shin Gu), o presidente da Yunjun, a construtora em que Seojin trabalha e que carrega do passado a responsabilidade pelo desabamento de uma construção. Desabamento esse envolto em mistérios que a todo tempo ameaçam ser revelado pela mãe de Aeri, que tem as provas do real motivo do desabamento.
Em resumo, Kairos é um drama que te desarma a todo tempo. A cada vez que o passado é alterado, refletindo no futuro, novos elementos são incorporados, desfazendo acontecimentos que pareciam certos. Mas também, nos faz refletir, através de Seojin o que estamos fazendo do nosso tempo e as oportunidades que estamos perdendo.
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