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Foto do escritorJéssica Caroline

A HISTORIA DOS K-DRAMAS (Parte 3): como os dramas ajudaram na onda Hallyu para tirar o país da crise



Chegamos a terceira parte da história dos k-dramas. Até aqui a Coreia do Sul já passou por invasões e guerras; alcançou também o auge das produções nacionais, mas infelizmente se encaminha para uma nova crise.


Para ler a Parte 1 dessa história que vai de 1910 até 1960 clique aqui.

Para ler a Parte 2 dessa história que vai de 1960 até 1990, no auge dos k-dramas dentro da própria Coreia do Sul, clique aqui.


Esse ápice de produções e investimentos durou até 1998, quando a Coreia do Sul também foi atingida pela Crise Econômica Asiática, foi então que o presidente da época, Kim Dae Jung, colocou em prática um plano de incentivo ao entretenimento, mais especificamente nos setores cinematográficos, televisivos e musicais, foi assim que surgiu a Onda Hallyu. Essa onda começou primeiro dentro da própria Coreia do Sul, onde a programação estrangeira foi reduzida ao mínimo, e a TV, o rádio e o cinema eram dominados por dramas, filmes e músicas nacionais.


Em 1997 quando o drama What is Love? foi transmitido na China é que a Hallyu se tornou internacional. Esse k-drama foi ao ar entre 1991 e 1992 e continha 55 episódios retratando o romance de um casal de famílias com valores opostos, uma super tradicional e outra supermoderna (olha a MBC aqui de novo). Foi nessa mesma década que surgiu o K-pop que contribuiu bastante para a disseminação da cultura e estilo de vida coreanos na China.


Só em 2002 que a Hallyu chegou no Japão com o drama Winter Sonata (Gyeoul Yeonga) da KBS, que continha 20 episódios. Chegando a ser reprisado mais de uma vez no país. A trama conquistou tanto os japoneses que houve um crescimento milionário no turismo sul coreano. A história de romance se passava na Ilha Namiseom e acompanhava a história de amor de um casal em meio a várias desventuras e desencontros.



Confira uma cena do k-drama:


Foi aqui que começaram a surgir os ideais de protagonistas masculinos perfeitos, pois a maior parte da audiência foi feminina, incentivada pelos altos padrões de perfeição atingidos pelo protagonista em termos de cavalheirismo e lealdade a sua amada. Os protagonistas Bae Yong Joon e Choi Ji Woo se tornaram estrelas grandiosas. E o ator, em especial, Bae Yong Joon, se tornou uma febre nacional no Japão.


Foi nesse período, no Japão que surgiu o termo Hallyu que representou essa difusão de cultura coreana em massa. O termo, em sua versão original é Hanliu, e é dessa forma que deve ser pronunciado. Sendo a junção de duas palavras: Han (que faz referência à Coreia, como o povo do Rio Han) e Lyu/Ryu que significa fluxo.


No ano seguinte, em 2003 foi a vez de Jewel in the Palace (disponível no Viki Pass), um drama de 54 episódios de MBC. O sageuk se passava durante a Dinastia Joseon e retratava a história de uma órfã que virava médica de um rei da dinastia. A série se baseia na história real de Janggeum, a primeira médica real da dinastia Joseon. A apresentação das tradições sul coreanas através das roupas, costumes e arquitetura despertaram o interesse em outros países para conhecer a cultura tradicional coreana. Para se ter uma noção do sucesso desse drama, ele chegou a África, Turquia, Rússia, EUA e vários países da América Latina. É ai que chegamos em nosso país.



Confira uma cena do k-drama:


Esses foram apenas alguns exemplos de dramas coreanos que se tornaram populares e logo se espalharam pela Ásia, dando início a Onda Hallyu, como forma de estratégia de um país (a Coreia do Sul), que mais uma vez usou das armas que possuía para seu crescimento e o crescimento de sua população. Para saber como essa onda chegou até o Brasil, esperamos vocês na próxima semana.


Fontes: (1) (2)

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